17 abril 2016

# matemática

Não sei matemática e meu filho precisa de ajuda... e agora?

Imagem: discalculicos.blogspot.com.br/
Pesquisas de especialistas demonstram que crianças que fazem o dever de casa diariamente têm melhor desenvolvimento na escola e, consequentemente, notas melhores. Além disso, o melhor domínio daquilo que é estudado também contribui para que as crianças sejam mais seguras. Por isso é tão importante que os pais façam sua parte e participem da vida escolar de seus filhos, inclusive acompanhando a realização do dever de casa diariamente.

Tarefa de casa é responsabilidade da criança e dos pais

Esse é o primeiro ponto: a tarefa de casa não é um compromisso somente do seu filho, é também um compromisso SEU! Não basta exigir de seu filho que ele faça as atividades, é preciso reservar um tempo para apoia-lo durante a resolução. Difícil né?! Os pais vivem correndo contra o tempo, e quase sempre quando estão em casa, ou estão envolvidos com alguma atividade inadiável, ou estão desesperados por um pouco de descanso. Entretanto, o apoio diário dos pais é determinante na vida estudantil das crianças e dos adolescentes.

Os pais devem programar sua rotina diária de modo a reservar um momento no dia para dedicar-se a ajudar seus filhos durante a execução do dever de casa. Com um pouco de organização conseguimos conciliar tudo, pode acreditar! Mas vai exigir de você, pai ou mãe, D-I-S-C-I-P-L-I-N-A! Conscientize-se de que a disciplina que você exige do seu filho, ele deve aprender observando a sua própria disciplina e seriedade em cumprir com o que foi planejado.

É lógico que o ideal é que, com o tempo, a criança passe a ir adquirindo autonomia para resolver suas atividades escolares. Mas isso é com o tempo, quando a criança tiver aprendido a ser disciplinada. E você tem papel fundamental nisso.

Tenha o cuidado de não transmitir preconceitos a seu filho

Imagem: http://www.liberarti.com/
Leia o texto: "Medo de Matemática?"
Quando as atividades escolares são de matemática e envolvem conteúdos como equações do segundo grau ou divisão de polinômios, a maioria dos pais pensa: “Ferrou, não sei isso nem pra mim!”. Os conteúdos matemáticos envolvem temas que, para muitos pais, estão completamente esquecidos e para outros representam um verdadeiro bicho papão. Então a pergunta é: o que fazer se seu filho pedir ajuda pra resolver uma atividade de matemática?

Se você é daqueles que sente arrepio só de lembrar das dificuldades que enfrentou nas aulas de matemática, tenha cuidado: seu filho pode seguir os seus passos, e isso não é nada bom! É preciso se controlar para não demonstrar aversão à disciplina, para que a criança não passe pelos mesmos problemas.

Quando os pais dizem na frente dos seus filhos frases como: “Odeio matemática”, “Nunca aprendi nada desse assunto”, “não sei pra quê estudar esse negócio”, os filhos terão altas chances de absorver esses conceitos negativos para si, e reproduzirão as dificuldades da disciplina. Desta maneira, está-se dizendo para o filho que ele tem a opção de não aprender aquilo. Afinal, se o adulto chegou até onde chegou sem precisar daquele conhecimento, ele também pode abrir mão dele.

Portanto, controle-se! Tenha cuidado com o que você diz.

Como ajudar sem transmitir medo?

Os pais não são os donos da verdade, muito menos são perfeitos, e não há nenhum problema em admitir isso. Ao admitir para o filho que você tinha dificuldades com a matemática, aproveite pra contar a ele o que você fazia para superar os obstáculos (nada de falar em cola, pelo amooor de Deus!).

Quando a criança tiver uma dúvida que você não sabe responder, tentem encontrar a resposta trabalhando juntos: procurando questões semelhantes resolvidas na internet, pedindo ajuda a alguém que tenha mais facilidade com o conteúdo, qualquer coisa vale, mas façam isso JUNTOS! Será muito mais proveitoso do que simplesmente mandar que seu filho faça. Se essas alternativas não funcionarem, diga à criança que quando você estava na escola e não entendia, perguntava ao professor quantas vezes fosse necessário. Oriente-o a fazer o mesmo, diga-lhe que seu professor é um aliado para superar as dificuldades.

Mas quando orientar a criança a levar uma questão diretamente ao professor, lembre de, depois, mostrar interesse em saber como o exercício foi resolvido e se a dificuldade foi superada.
Por fim, jamais se esqueça de elogiar os progressos de seu filho. Essa “arma” é poderosa. Os pais não deixam de cobrar a lição ou chamar a atenção quando recebem um bilhete informando que o filho não fez a tarefa, mas dificilmente se lembram de elogiar quando a criança cumpre sua responsabilidade. Reconhecer o esforço é algo extremamente motivador.

Espero que essas dicas ajudem vocês.

Um abraço,

Eliane Heidemann
Graduada em Matemática pela UNIFAP
Mãe de um garotão do 6º ano fundamental que aprendeu a gostar de matemática



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