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Tarefa de
casa é responsabilidade da criança e dos pais
Esse é o primeiro ponto: a tarefa de casa não é um
compromisso somente do seu filho, é também um compromisso SEU! Não basta exigir
de seu filho que ele faça as atividades, é preciso reservar um tempo para apoia-lo
durante a resolução. Difícil né?! Os pais vivem correndo contra o tempo, e
quase sempre quando estão em casa, ou estão envolvidos com alguma atividade inadiável,
ou estão desesperados por um pouco de descanso. Entretanto, o apoio diário dos
pais é determinante na vida estudantil das crianças e dos adolescentes.
Os pais devem programar sua rotina diária de modo a
reservar um momento no dia para dedicar-se a ajudar seus filhos durante a
execução do dever de casa. Com um pouco de organização conseguimos conciliar
tudo, pode acreditar! Mas vai exigir de você, pai ou mãe, D-I-S-C-I-P-L-I-N-A!
Conscientize-se de que a disciplina que você exige do seu filho, ele deve aprender
observando a sua própria disciplina e seriedade em cumprir com o que foi
planejado.
É lógico que o ideal é que, com o tempo, a criança passe a ir adquirindo autonomia para resolver suas atividades escolares. Mas isso é com o tempo, quando a criança tiver aprendido a ser disciplinada. E você tem papel fundamental nisso.
É lógico que o ideal é que, com o tempo, a criança passe a ir adquirindo autonomia para resolver suas atividades escolares. Mas isso é com o tempo, quando a criança tiver aprendido a ser disciplinada. E você tem papel fundamental nisso.
Tenha o
cuidado de não transmitir preconceitos a seu filho
Imagem: http://www.liberarti.com/ Leia o texto: "Medo de Matemática?" |
Se você é daqueles que sente arrepio só de lembrar
das dificuldades que enfrentou nas aulas de matemática, tenha cuidado: seu
filho pode seguir os seus passos, e isso não é nada bom! É preciso se controlar
para não demonstrar aversão à disciplina, para que a criança não passe pelos
mesmos problemas.
Quando os pais dizem na frente dos seus filhos
frases como: “Odeio matemática”, “Nunca aprendi nada desse assunto”, “não sei
pra quê estudar esse negócio”, os filhos terão altas chances de absorver esses
conceitos negativos para si, e reproduzirão as dificuldades da disciplina. Desta
maneira, está-se dizendo para o filho que ele tem a opção de não aprender
aquilo. Afinal, se o adulto chegou até onde chegou sem precisar daquele
conhecimento, ele também pode abrir mão dele.
Portanto, controle-se! Tenha cuidado com o que você
diz.
Como
ajudar sem transmitir medo?
Os pais não são os donos da verdade, muito menos
são perfeitos, e não há nenhum problema em admitir isso. Ao admitir para o
filho que você tinha dificuldades com a matemática, aproveite pra contar a ele
o que você fazia para superar os obstáculos (nada de falar em cola, pelo amooor
de Deus!).
Quando a criança tiver uma dúvida que você não sabe
responder, tentem encontrar a resposta trabalhando juntos: procurando questões
semelhantes resolvidas na internet, pedindo ajuda a alguém que tenha mais
facilidade com o conteúdo, qualquer coisa vale, mas façam isso JUNTOS! Será
muito mais proveitoso do que simplesmente mandar que seu filho faça. Se essas
alternativas não funcionarem, diga à criança que quando você estava na escola e
não entendia, perguntava ao professor quantas vezes fosse necessário. Oriente-o
a fazer o mesmo, diga-lhe que seu professor é um aliado para superar as
dificuldades.
Mas quando orientar a criança a levar uma questão
diretamente ao professor, lembre de, depois, mostrar interesse em saber como o
exercício foi resolvido e se a dificuldade foi superada.
Por fim, jamais se esqueça de elogiar os progressos
de seu filho. Essa “arma” é poderosa. Os pais não deixam de cobrar a lição ou
chamar a atenção quando recebem um bilhete informando que o filho não fez a
tarefa, mas dificilmente se lembram de elogiar quando a criança cumpre sua
responsabilidade. Reconhecer o esforço é algo extremamente motivador.
Espero que essas dicas ajudem vocês.
Um abraço,
Eliane Heidemann
Graduada em Matemática pela UNIFAP
Mãe de um garotão do 6º ano fundamental que
aprendeu a gostar de matemática
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