11 abril 2022

Nunca se acostume!

06:49:00 0 Comentários

Nunca se acostume!


Se tem uma coisa pela qual vale a pena orar todos os dias, é para pedir a Deus que nunca permita que a gente se acostume.


Que a gente não se acostume ao beijo de bom dia. Que não se acostume com o cheiro da chuva ou com um lindo pôr-do-sol. Que não se acostume ao abraço apertado, ao estender da mão, a fazer alguém sorrir...


Porque quando a gente se acostuma, deixa de sentir o encanto. A gente perde o olhar da gratidão, a capacidade de se emocionar ou mesmo de enxergar a importância de viver cada momento, inédito ou já vivido, como um presente da vida. A dádiva do hoje, do agora. E o agora é tudo que temos.


Também nos momentos difíceis precisamos igualmente pedir a Deus: "Não permita que eu me acostume, Senhor!". 


Que eu não me acostume com a falta de amor. Com a ausência, com a dor. Que eu não me acostume com a dificuldade financeira, com a privação. Com o egoísmo, a maldade ou a injustiça. Que eu não me acostume a um lugar onde eu não seja feliz.


Porque quando a gente se acostuma, a gente se acomoda. E quando a gente se acomoda, a gente deixa de transformar. É preciso viver pela transformação, todos os dias!


Parar de evoluir é a verdadeira tragédia da vida. É algo que acontece dentro, não fora. Se entregar. Quando a gente se acostuma a gente desiste. E desistir não deve ser opção. Transformar, sim!


Tenhamos consciência: haverá dias bons e dias difíceis. E como num piscar de olhos podemos não estar mais aqui, aceite que sua vida terá altos e baixos, e aproveite cada momento. Desfrute ou aprenda, mas saiba que tudo passa. E passa rápido!


Que no despertar de cada manhã a gente se emocione ou se motive.


Esta manhã eu me emocionei, e agradeci por jamais ter me acostumado. No dias bons, desejo evoluir, nos ruins, também. Que estejamos sempre em transformação.


Desejo que o mundo nunca endureça seu coração. Que o ódio nunca se instale. Que o medo nunca te paralise e que você sempre consiga enxergar a beleza ou a esperança. Que você nunca pare de se emocionar.


E principalmente: nunca se acostume!

20 março 2022

Não me chame de guerreira!

19:32:00 0 Comentários

A inspiração deste texto me veio no último dia 8 de março, dia das mulheres. Permiti que as tarefas diárias e outras prioridades me atropelassem e ele acabou não saindo. Mas hoje aquele mesmo sentimento invadiu com força meu coração e não pude resistir a umas das minhas melhores terapias: escrever!


Eu quero te contar sobre como é ter vários projetos de vida e se cobrar por não levá-los adiante. Sobre a culpa que me invade por minha "indisciplina" e o peso que isso acaba me trazendo.


Eu desejo muita coisa. Acompanhar de perto a vida dos meus filhos, ser uma profissional respeitada em meu meio, fazer meu canal no YouTube crescer, vender cursos na internet, aprender mais sobre investimentos, cozinhar bem, manter a casa sempre limpinha e cheirosa, dar mais atenção às minhas amizades, ao meu casamento...


Também queria poder tocar novos projetos que brotam em minha cabeça a todo momento, e não ter medo de fracassar ao iniciar algo novo. Não ter preguiça todos os dias de fazer atividade física. Queria não ter vontade de chorar ao me sentir culpada por não dar conta de tudo isso!


Também queria não me sentir um fracasso cada vez que não sei o que fazer. Queria ter tempo pra fazer tudo o que gostaria. Tomar aquele café, aquela cachaça, me alimentar melhor, pregar os quadros na parede, molhar as plantas que estão morrendo, pregar aquele botão que já perdi, lembrar daquele insight ótimo que tive há dois dias e não anotei. 


Queria salvar o mundo, ou pelo menos a mim mesma. Queria que o tempo desse uma trégua, que o dia tivesse 30 horas para que – quem sabe – eu conseguisse apaziguar a máquina produtiva que roda incessante aqui dentro, e de quebra sobrasse tempo pra dormir oito horas por noite. Um pouquinho de certeza. Queria as palavras certas, essas que nunca encontro, nunca estão lá, nem aqui, que o choro ajudasse e o cinza jamais aparecesse novamente.


Eu pensei em tudo isso durante a semana da mulher, ao ler incontáveis textos sobre a capacidade feminina de organização, cuidado e superação. Um modelo de feminilidade que reitera que para ser feliz uma mulher precisa ser bonita, desejável,  duplamente competente, magra, vaidosa, jovem. Forte, mas sem ameaçar a masculinidade hegemônica. Sexy sem ser vulgar. Mãe dedicada e abnegada. Inteligente, culta, engraçada, carinhosa. Bem sucedida.


E quem é que cuida dessa mulher exausta? Cansada de tentar se encaixar num padrão irreal e castrador? O discurso do sucesso, do pertencimento e da aceitação rouba nossa potência. Precisamos aprender a fracassar. Eu também preciso.


Devemos abandonar a síndrome de mulher maravilha. Qual o problema de não dar conta de tanta coisa? E se não tem nenhum, porque aqui dentro do meu coração isso incomoda tanto?


Cada vez mais tenho visto posts de mulheres expondo o quanto sofrem por tentar se adequar. O sofrimento de não ser digna de amor, de não ter o corpo certo, de não conseguir existir nesse mundo em que só há um jeito de ser mulher. E nunca é o nosso. Precisamos parar de naturalizar o sobretrabalho, a superação como um atributo feminino. Precisamos, com urgência, criar outros jeitos de ser mulher. E aprender a viver com eles. E aceitá-los.


Decidi expor esse texto porque algumas pessoas me admiram como se eu tivesse algum tipo de habilidade extraordinária de dar conta das coisas. Não, não tenho. Na maioria dos dias mal consigo levantar da cama de manhã. Todo mundo tem suas batalhas internas.


A gente precisa reprogramar essa ideia de que "não fazer nada útil" é fracassar. Eu preciso! Precisamos nos cobrar menos para sermos mais felizes. Abandonar expectativas e ideais inatingíveis sobre o que é ser uma boa mãe, uma mulher bem-sucedida, uma profissional realizada. Livrar-nos dessa cobrança é o caminho para uma vida mais leve e feliz.


Preciso aprender a receber ajuda, aprender a pedir ajuda. Eu agradeço a todos os amigos que estão sempre por perto, que me aceitam como sou (e eu sei que não sou fácil!). Agradeço a essas pessoas maravilhosas que me obrigam a aceitar ajuda mesmo quando eu não quero.


É queridos, eu não sou guerreira... E acredito que nenhuma mulher deveria ser! 

31 maio 2020

Costela suína ao molho barbecue

19:32:00 2 Comentários

A costela suína ao molho barbecue pode ser servida tanto como petisco como prato pricipal. Uma excelente pedida para a família. Vamos aprender?

INGREDIENTES:
- 1 costela suína congelada
- 1 tablete de caldo de bacon
- Molho inglês
- 6 dentes de alho grandes
- Sal
- 1 limão grande
- Meia xícara de açúcar mascavo
- Meia xícara de vinagre branco
- 2 folhas de louro
Pimenta-do-reino
- 1 cx de catchup (300g)
- 1 colher de sopa cheia de páprica picante
- Meia cebola picada
- 2 colheres de óleo

Antes de falarmos sobre o modo de preparo, deixa eu dar umas dicas sobre os ingredientes:

- escolha uma peça de costela com uma camada grossa de carne, as fininhas podem ficar secas. Uma camada de gordura na medida certa também ajuda a deixar o prato mais suculento. Só não exagere, tem que ter mais carne que gordura.

- O caldo de bacon é um quadradinho daqueles knnor ou maggi

- Você pode substituir a páprica picante por pimenta em pó ou outra de sua preferência. A quantidade você também pode dosar conforme sua preferência.

- Se o limão não estiver bastante suculento, use dois.

MODO DE PREPARO

1 - A carne deve ser temperada na noite anterior ao preparo, pra pegar mais o sabor.

2 - Você vai fazer a seguinte misturinha pra tempera-la:

- Pique o caldo de bacon, coloque em um recipiente com 5 colheres de sopa de água e leve ao microondas por 30 segundos.

- Com uma colher, amasse os pedaços do caldo de bacon até formar uma mistura homogênea com a água.

- Acrescente o suco do limão, 1 colher de sopa RASA de sal (ou ao seu gosto), os dentes de alho amassados, 2 colheres de molho inglês, Pimenta-do-reino a gosto. Misture tudo

- Divida a costela já descongelada em duas partes, e perfure toda sua extensão com a ponta da faca para ajudar o tempero a penetrar em toda a carne.

- Coloque a carne dentro de uma sacola plástica e acrescente a mistura de tempero. Garanta que o tempero esteja bem espalhado em toda a carne.

- Amarre a sacola tirando todo o ar e leve à geladeira até o dia seguinte.

- Para assar, você vai precisar de uma assadeira de alumínio que comporte as pecas lado a lado. Não pode ficar um pedaço por cima do outro.

- Forre a assadeira com papel alumínio. Use um pedaço grande o suficiente para envolver toda a carne, vedando bem a saída do vapor do cozimento.

- Coloque a costela por cima do papel alumínio (e também todo o líquido do tempero), depois cubra de modo que o papel alumínio vede bem a carne. A retenção do vapor vai ajudar no cozimento, de modo que o osso solte da carne quando estiver pronto.

- Leve ao forno a 200 graus, por duas horas.

MOLHO BARBECUE

Enquanto as costelas estão no forno, você deve preparar o molho barbecue:

- Doure a cebola picada no óleo

- Acrescente o vinagre e o açúcar mascavo e deixe cozinhar por 1 minuto, até o açúcar dissolver.

- Depois acrescente o catchup, pimenta-do-reino a gosto, sal a gosto, folha de louro, molho inglês e meia xícara de água.

- Deixe cozinhar com a panela estampada até virar um molho grosso, mexendo de vez em quando para não queimar no fundo da panela.

- Depois de pronto, coe e reserve.

Voltando ao preparo da costela:

- Depois de duas horas, retire a parte de cima do papel alumínio e deixe assar mais um pouco até ficar levemente dourado.

- Acrescente o molho barbecue por toda a superfície e retorne ao forno alto por mais ou menos uns 15 minutos.

Sirva com arroz branco e batata palha 😋😋

Ah, e quando fizer não esquece de voltar aqui e me contar o que achou nos comentários, combinado?!?!?! 🥰

28 março 2020

Hoje não sacrifico minha paz para alimentar o meu ego

21:42:00 1 Comentários

Estava aqui me perguntando porque eu sinto essa necessidade tão grande de sempre ter razão. Sabe aquela sensação de vitória que vem quando a gente disse a última frase e encerrou a discussão? Sim, o ego inflado: aquele sentimento de falsa alegria, que não dura mais do que alguns segundos e depois te larga pra lidar sozinho com as consequências de suas palavras duras. É sobre isso que quero falar hoje, sobre como minha busca por ter razão muitas vezes me fez sentir solitária.

Não sei se acontece com todo mundo, mas desde muito cedo desenvolvi o hábito de discutir com as pessoas tentando convencê-las de que eu estava certa, sobre qualquer coisa... é óbvio que nem sempre tinha êxito nesse convencimento, mas como nunca desistia, mesmo assim a palavra final quase sempre ficava comigo.

Levou tempo até eu perceber que, às vezes, uma pessoa não se cala em uma conversa porque concordou com você. Às vezes ela faz isso simplesmente porque se cansou de brigar ou do seu jeito arrogante, às vezes porque se magoou com suas palavras duras e simplesmente desistiu de tentar conversar.

Eu, do alto da minha prepotência, acreditava que a outra pessoa calava porque não tinha argumentos! Afiliava-me somente a pessoas com pensamento semelhante ao meu, e hostilizava aquelas com escolhas diferentes das minhas! Talvez possamos nos justificar dizendo que isso é natural. Mesmo assim, em algum momento eu passei a não me sentir à vontade com essa atitude, e perceber isso como reflexo das minhas limitações, que me faziam julgar-me superior a quem quer que ousasse divergir de minhas posições.

Nesse processo de tomada de consciência, passei pelo clima bélico das últimas eleições nacionais, que vejo se repetindo na politização da atual crise de saúde provocada pela pandemia. Em alguns momentos, lá em 2018, fiquei tão envolvida apontando o ódio e a intolerância das pessoas, que nem me dava conta do quanto eu própria estava fazendo o mesmo: criticando e ofendendo qualquer um que pensasse diferente de mim, inclusive pessoas especiais!

A frase "às vezes estar em paz, é melhor do que estar certo" (Claudio Frencis) sempre me soou meio comodista. Afinal, aprendemos que é preciso lutar, brigar, convencer, militar... Hoje, penso que o que posso realmente fazer é trabalhar no meu próprio processo de despertar, e isso já é suficientemente trabalhoso e, principalmente, doloroso. Não é fácil admitirmos que estamos sendo cruéis, grosseiros e desrespeitosos com os outros, sobretudo quando fazemos isso enquanto acusamos outros de terem este comportamento.

Mas se durante meu processo de despertar eu não admitisse a mim mesma que precisava melhorar como ser humano, como poderia exigir isso de alguém? Aliás, quem somos nós para determinarmos que alguém está errado e precisa mudar?

Sendo assim, decidi buscar SER aquilo que eu desejo VER! Comecei uma luta diária (e que luta!) para buscar me colocar no lugar do outro e entender que as minhas convicções foram formadas a partir das minhas vivências, e que todo mundo enfrenta uma guerra pessoal, com suas próprias dificuldades. Comecei a tentar me tornar uma pessoa mais gentil, tratar a todos como eu gostaria de ser tratada, principalmente as pessoas com quem eu não concordo (ô tarefa difícil). Afinal é muito fácil sermos gentis com nossos semelhantes, não há grandeza nenhuma nisso!

Chamar de "fada sensata" quem repetia meu modo de pensar e de "imbecis" quem expunha outra opinião era justamente o que me tornava tão parecida com aqueles a quem eu criticava com tanta facilidade, enquanto eu me sentia totalmente à vontade em ser hostil. Não se tratava de simplesmente me calar, mas de parar de me julgar superior!

Aprendi a necessidade de, antes de falar, exercitar o amor e a paz! Afinal, é muito mais fácil falar da boca pra fora, especialmente em tempos de polarizações, quando há uma sensação de que tudo está errado, que OS OUTROS precisam mudar...

Nestes momentos, precisamos voltar a olhar para dentro, para onde realmente podemos atuar. O caminho é parar de acusar, julgar, comparar e odiar! O desafio é assumirmos nossa autorresponsabilidade e atuar de maneira consciente sobre NOSSAS decisões e NOSSAS ações.

De minha parte? Entendi que pra Eliane arrogante deixar de existir, eu preciso exercitar o diálogo. E dialogar é como uma avenida de mão dupla em que é preciso dizer, mas é fundamental ESCUTAR! E quando digo escutar, não estou dizendo preparar a próxima fala, aguardando o silêncio alheio (o que eu ainda tenho que me esforçar muuuuito pra não fazer). Escutar significa estar aberto para o que o outro tem a dizer com respeito, humildade e o acolhimento, necessários para uma conversa adulta e madura. Fácil né? #sqn

Escutar envolve muito mais do que ouvir uma mensagem, a escuta ativa pressupõe disponibilidade, interesse pela pessoa e pela comunicação, compreensão da mensagem, espírito crítico e alguma prudência na interpretação. (Rego, 2007)

Eu, até bem recentemente, quando conversava apenas ficava pensando no contra-argumento a ser usado com meu interlocutor, ao invés de concentrar a atenção no que estava sendo dito, percebendo a mensagem que ele queria me passar.

Todos querem ter razão, isto é fato. Por isso, muitas vezes eu acabava num monólogo, ignorando a mensagem que o outro tentava me passar, às vezes até sendo grosseira e antipática. Ainda faço isso, com frequência, inclusive (e como é difícil admitir). Mas desde que tomei consciência dessa minha falha, tenho exercitado a melhora, que já consigo notar, embora ainda longe do ideal.

E o mais legal nessa mudança, não só de atitude, mas de sentimentos, é que fui justamente eu quem mais ganhei! Ganhei porque ao ouvir mais, comecei a aprender mais. Constatei que ninguém está totalmente certo ou totalmente errado, pois se você ouvir de verdade, com atenção, consegue perceber coerência nos argumentos do outro, ainda que você prefira se posicionar de outra forma. E o mais importante: quando me demonstrei interessada em ouvir, passei a ser ouvida também por essas pessoas, e elas passaram a me oferecer um pouquinho mais de credibilidade, embora continuassem discordando de mim em vários aspectos. O respeito se instalou e passei a não me sentir solitária e desgastada como ficava quando exercitava minha arrogância com todo mundo!

Em todo esse processo, percebi que ter razão não é tão importante, ao menos não mais do que saber ouvir o outro. E isso não significa concordar ou se submeter (embora eventualmente isso possa acontecer, por que não?!?!), significa apenas que não estamos julgando nossos argumentos acima dos de outra pessoa. Com este exercício diário, comecei a descobrir como parar de sacrificar a minha paz para alimentar o meu ego, e desse modo fui me tornando um pouquinho mais leve e feliz a cada dia! Sigo no processo...

Sejam luz queridas, um beijo!

30 outubro 2019

Um agradecimento à Elaine Gaspareto!

17:17:00 2 Comentários

Meu blog nasceu em 2016, com a pretensão de me servir como um cantinho do desabafo e para registro de momentos especiais da minha vida. Um lugar pra eu buscar daqui a alguns anos e rememorar meus momentos...

Nessa mesma época tomei gosto pelo scrapbook e resolvi aproveitar o blog pra compartilhar meus trabalhinhos. Daí, fui tomando gosto pela brincadeira e comecei a pesquisar como tornar o site mais bonito. Foi quando descobri o blog da Elaine Gaspareto. Um espaço maravilhoso! Tem dicas preciosas e tutoriais tão detalhados que até eu, sendo totalmente leiga, consegui dar um toque lindo ao meu espaço virtual.

O blog é tão rico em conteúdo que me perdia (e ainda me perco) por horas navegando entre os posts. Mas o agradecimento que eu trago hoje não é por causa das dicas de blog (que são ótimas). O que eu agradeço são as inspirações pra vida... É Elaine, você já me ajudou a res-pi-rar!

Enfrentei a depressão. Pra falar a verdade, ainda enfrento, todos os dias. É uma luta diária, mesmo depois da alta médica... Essa doença bagunça a nossa cabeça de forma tão permanente, que depois dela é preciso um esforço contínuo pra tentar sermos nós mesmas, aquela, de antes, sabe? Só que lutar o tempo todo cansa às vezes, e em alguns desses momentos, seus textos me ajudaram... Por isso, trago alguns trechinhos que já me inspiraram, pra que você saiba que já foi refúgio pra alguém que nunca te viu, que mora do outro lado do país, mas que nutre uma admiração genuína por você.

Sobre quando a angústia de não conseguir voltar a ser aquela que "dava conta de tudo," que fui um dia, toma conta de mim:

"A vida pode ser comida preparada devagar e não macarrão instantâneo, sempre feitos às pressas... Nada é tão urgente assim. Precisamos aprender a fazer as coisas no tempo de cada coisa, e não tentar equilibrar 3, 4 atividades ao mesmo tempo... e sempre acelerando...
(...)
Sempre que percebo que estou acelerando demais, ansiosa demais, impaciente, querendo acelerar a vida... eu digo a mim mesma: res-pi-re!
Nada é pra ontem, nada é tão urgente, nada pode ter o poder de roubar a gente de nós mesmos.
Respire. Se acalme. Desconecte. Divirta-se. Sorria. Aproveite a vida. Respire.
Tá respirando? 
(Tá respirando?, 02/10/2017)"

Ou quando a Eliane amarga, derrotada pelos problemas, tenta voltar a me invadir:

"A gente tem muita facilidade em criticar. Em especial o outro, o diferente, o que age de modo diverso da gente.
É muito fácil criticar, julgar, depreciar, ironizar... quase uma brincadeira...
Claro que a maioria das coisas fica no pensamento, mas se a gente soubesse o quanto os nossos pensamentos podem ser nocivos... me pergunto se os pensamentos ácidos podem ou não, de alguma forma, atingir o outro...
E se os meus pensamentos transparecessem em meu rosto?
Será que eu ficaria tão confortável em criticar?
(...)
É... parece que ainda tenho muito que dominar em mim...
Todos temos.
Não é?
(É fácil criticar quando não pisamos nas mesmas pedras..., 14/08/2016)

Até a Elaine que mora dentro de você já falou comigo, e aconselhou a Eliane que mora dentro de mim, mostrando a ela o que fazer:

A Elaine que mora dentro de mim é muito mais paciente e sábia do que eu.
Ela, quando estou muito nervosa ou com raiva, sempre me pede, com jeito, para respirar.
Ela diz: 'Calma, menina. Respira, não fale nem faça nada com raiva'.
Em geral, quando estou magoada, ela me diz pra deixar o choro vir.
Ela senta comigo, segura as pontas comigo, choramos juntas.
Mas ela não é de me deixar chorar sem limite. Ela, tem sempre uma hora, que diz: 'Agora chega. Enxuga o rosto e vamos resolver o que der. O que não der pra resolver, paciência'.
(...)
Muitas vezes ela me consola, ela não me deixa pior, ao contrário, ela tenta me levantar quando o peso das coisas parecer querer me soterrar.
Ela sempre me lembra que eu não tenho que carregar o mundo nas costas...
(Essa outra Elaine, 17/07/2016)

E quando leio sobre sua história de amor? (Por que o amor pode dar certo, 12/06/2011). Quantas pessoas conhecemos que tiveram o privilégio de viver um grande amor? Desses de uma vida inteira? Que bênção... quanto mais eu passeio pelos seus textos Elaine, mais apaixonada eu fico por suas palavras, e pela capacidade que elas têm de entrar no meu coração... de me fazer refletir, de me fazer sentir melhor!

Você é inspiradora, você é maravilhosa. E trago hoje esse agradecimento especial pela agradável interferência em minha vida. De alguma forma, a sua dor também me afeta, me dá vontade de estar perto pra abraçar. Você não está sozinha Elaine, nós estamos com você. E digo nós, porque sei que existem mais vidas que você afetou sem nem saber! 

Muito obrigada!

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